O sanduíche katsu sando, uma invenção culinária japonesa e muito apreciado nas ruas de Tóquio, tem capturado a atenção e o paladar de apreciadores ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Por aqui, o lanche, feito basicamente com filé de porco empanado em farinha japonesa de pão (panko) com um pão de forma branco macio, cortado ao meio, vem encontrando seu espaço em cardápios de restaurantes especializados em culinária oriental.
É claro que, São Paulo, com sua diversidade cultural e grande população de descendentes de japoneses, é, sem dúvidas, o estado brasileiro onde esse sanduíche tem maior presença, consagrados em restaurantes e izakayas – os botecos japoneses – como o Tan Tan e Matsu.
Foi justamente uma versão honesta às origens japonesas que está presente no cardápio do restaurante asiático Okinaki, comandado pelos chefs Guilherme Furtado e Gabriella Guimarães.
A versão servida por lá é feita com lombo de porco marinado no shoyo, pimenta malagueta seca, gengibre e outros temperos antes da carne ser empanada na panko.
A versatilidade do sanduíche permite também que ele seja facilmente adaptado à novos ingredientes. Foi no Niño Gordo, um dos 50 melhores restaurantes da América Latina, que fica em Buenos Aires, na Argentina que Bruna Costa, chef executiva do buffet A Chef, se inspirou para fazer a sua receita. O local, reconhecido por ser uma parrilha asiática, serve uma versão feita com um tenríssimo bife de chorizo e brioche de estilo japonês.
Novos recheios estão sendo explorados, utilizando também a carne de frango. Chefs em Belo Horizonte fazem uma espécie de “fusão” que celebra tanto a tradição japonesa quanto a autenticidade mineira no sanduíche.
Um desses exemplos é Yokai, izakaya inaugurado em janeiro deste ano. Karu Uemura e Caio Oliveira, sócios do endereço, já trabalharam no Tan Tan, em São Paulo, repertório suficiente para trazer referências da comida asiática com toque de autenticidade. Batizado de tori sando, o lanche é feito com sobrecoxa de frango marinada e frita, maionese, picles de cebola roxa e repolho.
O mesmo corte avino também foi o que conquistou o chef Luli Moreira ao criar o katsu frango do Nimbos Bar.
Fonte: O Tempo
Foto: Victor Schwaner/divulgação