Diretores da 123 Milhas e da MaxMilhas foram alvos de uma operação do Ministério Público de Minas Gerais com apoio da Polícia Civil mineira. Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo econômico em Belo Horizonte.
A investigação busca, também, verificar a eventual prática de lavagem de dinheiro, mediante a utilização de estratégias financeiras e corporativas com o objetivo de dissimulação e ocultação de valores e bens.
Em nota, a 123 Milhas disse que “sempre se colocou à disposição das autoridades e forneceu documentos sobre suas operações. A empresa disponibilizou toda a sua documentação fiscal, assim como a de seus sócios, à Comissão Parlamentar de Inquérito das Pirâmides Financeiras. Os gestores da 123milhas estão, no momento, dedicados ao processo de recuperação judicial para quitar todos os débitos com os credores”.
A 123 Milhas entrou com pedido de recuperação judicial em agosto do ano passado, com um valor total da causa, alegado à época, de 2,3 bilhões de reais. No pedido de recuperação feito à Justiça, a defesa alega que a empresa está enfrentando a pior crise financeira desde sua fundação em 2016.
No mesmo mês, a agência de viagens suspendeu os pacotes com datas flexíveis e a emissão de passagens promocionais. A medida impactou as viagens já contratadas da linha “Promo”, que têm datas flexíveis, com embarques previstos de setembro a dezembro do ano passado.
Na ocasião, a 123 Milhas falou que iria devolver integralmente os valores pagos pelos clientes, em vouchers acrescidos de correção monetária de 150% do CDI, acima da inflação e dos juros de mercado, para compra de quaisquer passagens, hotéis e pacotes na empresa.
No momento, porém, a recuperação judicial da 123 Milhas está suspensa, enquanto aguarda a definição de novos administradores judiciais e de laudos de duas empresas que estão no bolo.
Fonte: Exame